Título original: The Assassin's Blade
Autor(a): Sarah J. Maas
Editora: Galera Record
Ano: 2015
Páginas: 406
Classificação: 5/5
SINOPSE:
Conheça o caminho da assassina. Pavimentado com sangue, lágrimas e suor.
Implacável, sedutora, letal. Poucos conhecem seu rosto, menos ainda sobrevivem à sua fúria. Não é à toa que Celaena Sardothian é sinônimo de morte. Suas lâminas são certeiras, assim como seu estranho código de honra e seu aguçado senso de justiça. Mas como uma menina, encontrada agonizando pelo rei dos Assassinos de Adarlan, se tornaria a campeã do rei? Disputada pelo capitão da guarda real e o próprio príncipe herdeiro? No centro de intrigas políticas?
Acompanhe Celaena vencer um lorde pirata e toda sua tripulação; o encontro com uma curandeira; seu treinamento com o Mestre Mudo, senhor dos Assassinos Silenciosos, nas dunas do deserto Vermelho; a prisão nas Minas de Sal de Endovier; ou, ainda, sua luta contra o mais escorregadio e traiçoeiro dos adversários — o próprio coração.
RESENHA:
Oiii gente, como vão?
Eu não escrevo resenhas há um bom tempo (quase um ano), mas estou de volta e o primeiro livro desse ano que vou falar pra vocês é A lâmina da Assassina, da nossa querida Sarah J. Maas. Na verdade é um conto, porém um dos maiores contos que já li. 406 páginas. Bom, em primeiro lugar eu quero dizer que foi muito bom retornar ao mundo da Celaena depois de mais de um ano, quando li o segundo volume da série, Coroa da meia-noite (resenha AQUI) porém posso garantir a vocês que a Sarah voltou com tudo porque o conto é pra mim (por enquanto, pelo menos) o MELHOR livro da série.
O conto é divido em cinco histórias curtas que contam como a Assassina de Adarlan foi parar nas minas de sal de Endovier.
Primeiro temos o conto "A assassina e o Lorde Pirata", onde Celaena e um outro assassino chamado Sam são enviados por Arobyn Hamel, o mestre deles, para tratar de negócios misteriosos com o Lorde Pirata. O que eles não imaginam é que se trata de uma negociação, uma dos tipos mais hediondos que se possa imaginar(Não vou contar, senão seria spoiler) e Celaena e Sam precisam achar uma forma de lidar com isso da maneira mais...delicada possível, pois se Arobyn descobrir(o que obviamente vai acontecer em alguma hora) os dois estarão em sérios problemas. Nesse conto também percebemos uma certa aproximação dos dois, nada confirmado como um possível romance, mas com certeza uma possibilidade.
O próximo conto é "A Assassina e a Curandeira" e confesso pessoal, é o meu conto favorito. As escolhas de Celaena na primeira parte de sua jornada nesse livro trouxeram algumas consequências desagradáveis e agora a garota foi enviada para o Deserto Vermelho, para aprender com o Mestre dos Assassinos Silenciosos mais algumas formas de, como dizer? Matar pessoas. Só que a viagem do Forte dos Assassinos de Adarlan até esse destino é bem longa, cerca de um mês de viagem e na ida até lá, Celaena precisa parar em uma taverna e acaba tendo de salvar uma jovem que trabalha no lugar, que é uma curandeira. A garota conta um pouco de sua vida à sua salvadora e suas ânsias de estudar em uma academia especificada nas artes da cura. O que mais me chamou atenção nesse conto foi como a vida da curandeira mudou tão radicalmente. A menina saiu de sua terra em busca de seu grande sonho, porém sem dinheiro acaba tendo que trabalhar naquele lugar desagradável para sobreviver e comprar uma passagem para viajar ao seu destino. O que era para apenas ser uma estadia de curto prazo, logo se torna meses, semanas e até anos. O sonho agora para a jovem é como uma visão distante e isso me fez refletir quantas pessoas hoje em dia são assim. Desistem de seus sonhos porque é mais fácil ou porque parece impossível e eu me identifiquei muito com a curandeira. Gostaria de contar como esse conto acabou, mas não poderia contar esse spoiler. Também achei bem interessante o fato de apenas nesse conto, haver o ponto de vista de outra pessoa que não é a Celaena.
A terceira história se chama A assassina e o Deserto e é a partir daí que Celaena começa sua jornada para entrar mais uma vez nas graças de Arobyn. A garota precisa treinar lá por cerca de um mês e ainda receber uma recomendação do Mestre Silencioso. Celaena tinha quase certeza que essa missão seria impossível, porém quando chega à Fortaleza do Mestre, percebe o quanto aqueles assassinos são diferentes de seus companheiros na Guilda, em Adarlan. Ela percebe que lá todos são amigos e embora estejam sob constante ameaça de seus vizinhos, ainda conseguem ser felizes. Fiquei impressionada com a forma de Celaena descrever a vida e hábitos dos Assassinos Silenciosos e principalmente do Mestre, que nunca é temido, mas sempre respeitado. Todos estão sempre ansiosos por sua atenção. A assassina de Adarlan também conhece o filho do Mestre e isso alegra um pouco mais as coisas. Enquanto ela tenta não pensar muito sobre a atenção especial que recebe do assassino e ao mesmo tempo tentar conseguir a carta de aprovação do Mestre, foi lindo ver a forma como Celaena começa a se apaixonar por Sam. E o mais louco é que ele está à quilômetros e meses de distância e ainda sim ela sente a falta dele. Desesperadamente. A garota também faz amigos e acontece uma coisa que eu fiquei particularmente chocada e triste, mas que me fez entender porque Celaena age da forma que age em Trono de Vidro.
O Próximo conto é A assassina e o Submundo. Na verdade, não entendi muito bem porque o conto se chama assim, mas o fato é que agora Celaena está de volta a Endovier, Adarlan, e tudo o que mais quer é ver Sam e esquecer tudo pelo que passou. Porém, quando chega, ocorre uma série de acontecimentos (pessoal, estou me doendo pra dá spoilers!) que leva Celaena a aceitar uma ultima oferta de Arobyn, para então ter sua liberdade. Bom gente, esse conto e o ultimo (A assassina e o Império) são basicamente um só, então vou falar sobre os dois juntamente. Celaena aceita a oferta de paz de Arobyn, buscando também uma chance de liberdade para Sam, que finalmente se declarou para ela e ela finalmente aceita o que sente.
-Como posso convencer você a ficar?
- Não pode.
Celaena jogou a tocha no chão.
- Quer que eu implore, é isso?
- Não, nunca.
- Então diga...
- O que mais posso dizer?- Sam se transtornou, o sussurro ficou áspero e rípido. - Já contei tudo, já contei que, se ficar aqui, se tiver que morar com Arobynn, vou quebar a porcaria do pescoço dele.
- Mas por quê? por que não pode esquecer isso?
O rapaz a agarrou pelos ombros e a sacudiu.
- Porque amo você!
A boca de Celaena se escancarou.
- Amo você - Repetiu Sam, sacudindo-a de novo. - Há Anos. E ele Machucou você e me fez assistir porque sempre soube o que eu sentia também. Mas se eu pedisse a você que escolhesse, escolheria Arobynn. E. Não. Posso. Suportar.
Os únicos ruídos eram da respiração dos dois, um ritmo irregular contra o fluxo do esgoto.
- É um grande idiota - Sussurrou Celaena, segundo a frente do manto dele. - É um imbecil e um babaca e um GRANDE idiota. - Pela expressão de Sam, parecia que fora golpeado. Mas ela continuou, segurando os lados do rosto dele. - Porque eu escolheria você.
E então Celaena o beijou.
Entretanto, em contra partida com esse romance PERFEITO (sério gente, infelizmente melhor que o romance com o príncipe e até mesmo com Chol) depois de descobrir o que Arobynn realmente tramava, Celaena toma a decisão de deixar a Guilda para sempre, levando Sam consigo. Os dois não possuem outra forma de conseguir dinheiro para sobreviver, então recebem um "serviço" para eliminar os dois maiores chefes do crime da cidade. Seria uma tarefa relativamente fácil para os assassinos, porém Celaena é traída por alguém que nunca imaginara e todo o seu mundo desaba por água abaixo, levando Sam consigo.
E assim, a Assassina de Adarlan é presa pelo rei e o seu maior terror se concretiza: ela é enviada como escrava para os campos de trabalho forçado, as Minas de sal de Endovier.
Pessoal, o que se pode perceber nesse conto é que tudo de bom que faltava nos outros livros da série, J. Maas teceu de uma forma esplendida, porque Celaena não é uma assassina fragilizada pelos trabalhos forçados, mas com certeza é A Assassina de Adarlan em toda a sua glória, mas sarcástica do que nunca; é impossível não se apaixonar!
A capa é linda, a escrita é brilhante e minha frase favorita é a ultima frase do livro, quando Celaena então encara com garra o seu destino: "Meu nome é Celaena Sardothian e eu não vou sentir medo."!
OBS: Pessoal, pra quem nunca leu a série Trono de vidro, aconselho começar por esse conto, para que vocês possam ter uma base e uma ideia do está por vir.
